Nesta quarta-feira, 26 é Dia Internacional da Igualdade Feminina, uma data simbólica pouco conhecida, mas que compreende as lutas feministas do passado e do presente por direitos a igualdade de gênero.
As lutas por igualdade abriram caminhos para a conquista de alguns direitos, como o voto e participação direta na política. Mas, a batalha vai muito além daquilo que foi garantido no passado pois, as mulheres estão cada vez mais determinadas a garantir essa igualdade, especialmente no mercado de trabalho.
Profissões que antes eram consideradas pela sociedade como “masculinas” estão sendo cada vez mais escolhidas por mulheres. Como é o caso do mundo da Tecnologia. Apesar da evolução, elas ainda são minoria neste campo. No Brasil, apenas 18% dos graduados em ciência da computação e 25% dos empregados em áreas técnicas de tecnologia da informação (TI) são mulheres, de acordo com dados divulgados em 2019 pelo do programa YouthSpark da Microsoft.
“As meninas crescem sem incentivo e muitas vezes, até sendo desestimuladas a atuarem em áreas predominantemente masculinas. Os estereótipos criados desde a infância incentivam que as atividades de ‘meninos e meninas’ sejam distintas. Mas, acredito que já há na geração atual uma corrente mudança para transformar essa realidade em um futuro próximo”, conta Lorena Góes, Gerente da Divisão de Sistemas Específicos – DSE da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Pará – Prodepa.
Para Adriana Xisto, Gerente da Divisão de Projetos e Inovação (DPI) da Prodepa, é necessário que a escola e a família trabalhem em conjunto para mudar o cenário de desigualdade de gênero na área tecnologia. “Lembro que foi durante um trabalho de pesquisa na escola sobre profissões, que conheci com mais detalhes o curso de computação e junto com as informações que saíam na mídia, que diziam ser a profissão do futuro, eu me interessei pela área”, recorda.
Adriana comenta ainda que, apesar de a área tecnológica ser um ambiente predominantemente masculino, isto nunca a deixou em dúvidas sobre seguir na carreira. “Isso nunca foi algo que me assustou. Na graduação mais de 80% da turma era masculina. Quando entrei no mercado de Trabalho também era nítida a diferença, mas eu nunca enfrentei dificuldades em relação a isso. Sempre fui respeitada no meu trabalho. Mas sabemos que lá fora isso não é regra”, salienta.
Já Elaine Costa, gerente de Infraestrutura de Dados, considera sua nova experiência na Prodepa muito produtiva. “Eu senti a predominância masculina nessa área desde a faculdade, mas no cargo de gerência que ocupo aqui na Prodepa, a minha experiência está sendo bem produtiva. Aqui se debate sobre o trabalho independentemente de gênero”, afirma.
Ao contrário do que muitos pensam, a data foi criada para lembrar momentos importantes das mulheres por igualdade de gênero e não por superioridade feminina. A Prodepa valoriza e respeita as mulheres e o trabalho que realizam.
Texto: Ananda Louzeiro
Revisão: Gabriela Dutra
http://www.prodepa.pa.gov.br/noticias/igualdade-feminina-na-tecnologia